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Obra adjudicada pela Santa Casa da Mesericórdia de Azeitão, Concelho e Distrito de Setúbal.

 
Transcrtição da notícia publicada em o "Jornal de Azeitão"

Compete à Mesa Administrativa da Misericórdia, também, a preservação do património da Instituição, que é igualmente da comunidade, pelo que foi feito um significativo esforço financeiro que permitiu o restauro do relógio da torre da nossa Igreja.
Após alguns meses de inactividade, devido a avaria mecânica, o relógio da torre voltou a fazer-se ouvir, cumprindo uma tradição de muitos anos. Para a reparação foi contratado o mestre relojoeiro Luís Cousinha, o mesmo que já o havia restaurado há cerca de trinta anos, e que envolveu a desmontagem total do maquinismo, para a reparação de todas as peças com desgaste. Finalmente, já se faz ouvir o matraquear no sino de quando das horas e meias horas.

 
Segundo Luís Cousinha, o maquinismo deste relógio mecânico é de pequena envergadura, apesar de este modelo ter sido construído com o propósito de fazer soar sinos até 300 Kg.
Este relógio mecânico é da escola francesa, tendo sido construído, no fim do século dezanove, pela empresa Francis Paget com oficina na vila de Morez, região do Morez e Jura (dois rios franceses que fazem fronteira com a Suíça).
 
Basta comparar as fortes parecenças que nos mostram as fotografias dos maquinismos.
Apesar de terem sido construídos para finalidades diferentes, as suas raízes e técnicas de fabrico são, são dúvida, da empresa Francis Paget.
Presume-se que foi instalado nesse época por um relojoeiro de Lisboa que importava, de França, estas máquinas, o que vai ao encontro do ano de 1889, que se encontra gravado no mostrador que está virado para a rua.
 
Para se dar corda a este relógio, uma vez por semana, tem de se subir à torre e, com recurso a uma manivela, elevar dois pesos com cerca de quarenta quilos.
A Mesa Administrativa não pode deixar de aproveitar esta ocasião, para louvar as pessoas, que ao longo dos anos têm efectuado voluntariamente esta tarefa, salientando nos últimos quarenta anos os senhores: José Roberto, Amélio da Cruz Madeira e António José Cotrim.
 
 
 
Maquinismo depois de restaurado